Ao escolher um notebook, é importante ficar atento às suas especificações, principalmente com relação ao processador. Esse componente não pode ser trocado, e é determinante para o funcionamento da máquina. A Intel – fabricante de chips que domina o mercado voltado para laptops –, tem diversas opções, como a linha Core, Pentium e Celeron.
Mas o que é melhor: um dual-core ou um quad-core? Velocidade maior em GHz vai garantir um processamento mais rápido? Por que a AMD não tem CPUs para portáteis? Confira a seguir as respostas de algumas dessas perguntas e conheça melhor o perfil de cada um.
1 de 5 É importante escolher bem o processador do seu notebook: você não poderá trocá-lo por uma CPU mais rápida — Foto: Filipe Garret/TechTudo É importante escolher bem o processador do seu notebook: você não poderá trocá-lo por uma CPU mais rápida — Foto: Filipe Garret/TechTudo
Celeron e Pentium
Notebooks equipados com esses processadores são as versões mais simples e baratas do mercado. As CPUs Celeron e Pentium da Intel se diferem dos modelos mais poderosos da linha Core por apresentarem velocidades inferiores e menores avanços tecnológicos. Há modelos sem turbo, menos núcleos, pouca memória cache, nada de Hyper Threading e assim por diante.
Um notebook com esses modelos de processadores irá atender bem às necessidades de quem não precisa de alta velocidade e não vai trabalhar com apps mais pesados. O perfil típico dessas máquinas é de navegação na Internet e trabalho com aplicativos de escritório, como o Office 2016 e o LibreOffice.
Embora escolher um laptop com um desses modelos possa representar uma boa economia, é bom pensar bem antes de comprar. Notebooks não são como desktops: não há como trocar de processador por um melhor depois de um tempo.
2 de 5 Processadores Celeron e Pentium na arquitetura Gemini Lake, de 14 nm — Foto: Divulgação/Intel Processadores Celeron e Pentium na arquitetura Gemini Lake, de 14 nm — Foto: Divulgação/Intel
Core i3: bom custo-benefício
Processadores Core i3 não são tão comuns, mas representam um salto de performance relevante se comparados aos mais modestos Celeron e Pentium. Os i3 apresentam mais tecnologia – com recursos que faltam nas CPUs mais baratas da Intel – e atingem maiores velocidades de processamento.
Um notebook com Core i3 tem basicamente o mesmo perfil que o consumidor pode esperar dos processadores anteriores, mas com maior performance. Para usuários mais exigentes que não tenham paciência para lidar com demoras no carregamento e inicialização do sistema, um portátil com i3 pode ser uma proposta mais interessante.
Core i5 e i7
3 de 5 i5 e i7 para notebooks podem ser das linhas "U" e "H" — Foto: Divulgação/Lenovo i5 e i7 para notebooks podem ser das linhas "U" e "H" — Foto: Divulgação/Lenovo
Os Core i5 e i7 são chips que atendem às necessidades de maior performance. Com eles, o computador roda aplicativos, jogos e tarefas que exigem maior quantidade de núcleos de processamento, mais cache, turbo e velocidades maiores. Ambas as CPUs são bastante parecidas, com melhor desempenho por parte dos modelos i7.
As placas têm linhas diferentes, como os modelos "U" e "H". Os Core i7 7500U e i5 8250U, por exemplo, são tidos como chips voltados para computadores domésticos e ultrabooks por apresentarem boa performance, baixo consumo de energia e geração de calor. Já os que levam "H" no nome, como os Core i7 7700HQ e o i5 7300 HQ, apresentam velocidades maiores para funcionar bem em notebooks gamer e workstations – assim, gastam mais energia e esquentam bastante.
Quando um Core i5 é mais rápido que o i7?
4 de 5 Um Core i7 de sétima geração será mais lento que o i5 de oitava — Foto: Filipe Garrett/TechTudo Um Core i7 de sétima geração será mais lento que o i5 de oitava — Foto: Filipe Garrett/TechTudo
O que determina a capacidade de trabalho do processador é uma combinação das suas especificações. Fatores como turbo, número de núcleos, memória cache e a geração da placa também merecem destaque. Por exemplo: um i5 8250U é mais rápido que um i7 7500U, CPU premium de sua geração. Além disso, as linhas "H" também costumam ser mais rápidas que as "U".
Uma dica importante sobre i5 e i7 das linhas “U”
A atual geração da Intel é a oitava. Esse ciclo passou a apresentar processadores Core i5 e i7 da linha U com quatro núcleos. Até então, todos os chips lançados pela marca nessa linha eram dual-core.
Ter mais núcleos é essencial para atingir uma performance melhor. Um processador quad-core pode, desde que a aplicação executada tire proveito disso, trabalhar em quatro instruções ao mesmo tempo, contra duas da CPU dual-core. Essa diferença é significativa em um contexto em que mesmo os processadores mais simples são capazes de rodar bilhões de operações por segundo.
Por conta disso, se você está à procura de um notebook novo e prefere com i5 ou i7, pode ser muito importante ficar de olho no modelo e geração do processador em questão. No mercado brasileiro, há ainda uma grande quantidade de notebooks com CPUs das gerações anteriores da Intel.
Core i9 e Xeon
5 de 5 MacBook Pro de 15 polegadas está entre uma das poucas opções com Core i9 — Foto: Divulgação/Apple MacBook Pro de 15 polegadas está entre uma das poucas opções com Core i9 — Foto: Divulgação/Apple
Há ainda computadores com processador Core i9 – embora não seja o único, o novo MacBook Pro 15” é um caso bem conhecido – e diversas workstations equipadas com versões mais comportadas dos poderosos, e caros, Intel Xeon.
Esses processadores estão em uma faixa de performance superior a tudo que discutimos anteriormente, mas são bem raros. Os Xeon só aparecem em workstations dificilmente adquiridas por usuários domésticos. O i9 marca presença em laptops caríssimos e de circulação bem restrita.
Em todo caso, os processadores i9 e Xeon são as CPUs mais velozes para notebooks da atualidade.
E a AMD?
A AMD se ausentou do mercado de computadores portáteis. A saída da categoria ocorreu devido a duas características inviáveis em laptops: os processadores eram considerados mais lentos do que modelos mais baratos da Intel e gastavam mais energia.
No entanto, o cenário deve mudar a partir do lançamento da nova geração dos processadores Ryzen. No exterior, a AMD já emplaca alguns notebooks intermediários competitivos com suas CPUs mais recentes, mas nenhum dos modelos está disponível no Brasil no momento.
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