Sabe quando você está quase terminando uma tarefa importante e o notebook resolve travar? Ou então o carregador ficou em casa e você já sabe que a bateria não vai durar por muito tempo? Perrengues como esses podem até parecer praga do destino, mas na verdade são indícios de que seu equipamento não está mais atendendo as suas necessidades, seja de trabalho ou de estudo.
Mas como escolher então? Todo mundo sabe que optar pelo equipamento errado pode gerar um belo prejuízo. Ainda mais com esse cenário de falta de chips no mercado, crise econômica e notebooks mais caros do que nunca. O difícil é saber decifrar como as suas necessidades do dia a dia se relacionam com tipos de processador, memória RAM, placas de vídeo e por aí vai.
Por isso, o 6 Minutos traz para você um guia prático e objetivo para a escolha do notebook ideal. Com a ajuda de Bruno Okamoto, co-fundador da plataforma de suporte técnico em informática Eunerd, listamos orientações de acordo com cada perfil de comprador. Confira:
Qual é a capacidade mínima para necessidades básicas? Pensando em um notebook para estudos ou apenas lazer, o Okamoto divide as recomendações em dois perfis.
Básico do básico
Pessoas que costumam utilizar o computador apenas para ler o noticiário e a caixa de e-mails são as que necessitam da menor capacidade. A atenção é apenas para não adquirir equipamentos com componentes muito obsoletos. O mínimo indicado para esse caso é:
Processador: 7ª geração.
7ª geração. Memória RAM: 8 GB.
8 GB. Marca recomendada: Positivo.
Multitarefas
Há usuários de lazer que demandam mais do computador por utilizarem vários programas ao mesmo tempo. Esses precisam de no mínimo:
Processador: 7ª geração.
7ª geração. Memória RAM: 16 GB.
16 GB. Marca recomendada: VAIO.
O que muda para atividades mais específicas? Aqueles que utilizam o notebook para tarefas que demandam alta performance de componentes específicos devem optar por equipamentos mais modernos e com características particulares. Veja os principais exemplos:
Trabalho
Nos dias de hoje, o dia a dia de trabalho pode incluir muitas reuniões online, muitas abas e programas abertos ao mesmo tempo. Com isso tudo, o computador acaba precisando de muito mais capacidade de processamento. Por isso, as exigências mínimas são:
Processador: a partir da 9ª geração.
Memória RAM: 16 GB.
SSD: pelo menos 256 GB.
Marcas recomendadas: Lenovo ThikPad, Dell Inspiron, Apple M1.
O especialista lembra ainda que:
webcams não são um ponto importante para a decisão de compra. Existem opções de boa qualidade e acessíveis para serem acopladas ao notebook.
não são um ponto importante para a decisão de compra. Existem opções de boa qualidade e acessíveis para serem acopladas ao notebook. o uso de CNPJ permite que a compra seja parcelada em mais vezes.
Jogos
Segundo Okamoto, os itens críticos para os gamers são memória RAM e velocidade de leitura e gravação do SSD. Sobre as especificações do fabricante, ele alerta: “muitas vezes as empresas vendem o equipamento como um notebook gamer, mas quando você vai ver o SSD dele é super antigo, com uma velocidade quase igual a de um HD”.
Processador: o que mais importa é a placa de vídeo. Existem dois tipos: a onboard, integrada à placa mãe, não é recomendada. A orientação é optar pela offboard, dedicada para processamento de vídeo.
Também é importante pesquisar o que significa a letra que aparece no final da numeração do processador. Algumas indicam que ele foi feito para economizar energia e, portanto, é menos eficiente.
Memória RAM: 16 GB Dual Channel.
SSD: pelo menos 256 GB.
Marcas recomendadas: Avell, ACER, Samsung Odyssey.
Edição de fotos e vídeos
As especificações de hardware são iguais às de um computador gamer, mas nesse caso, ainda é preciso se atentar à tela que deve oferecer maior fidelidade de cores.
Marcas recomendadas para computador: a dica é que a pessoa monte o próprio desktop, com base nas suas necessidades, ou então opte por um macbook da Apple, que possui uma tela de retina com cores muito fieis.
Marcas recomendadas para monitor: Samsung e LG.
Para que serve cada componente?
Processador: é o cérebro da máquina. Conecta todos os componentes e transmite informações, decidindo o que é prioridade entre os arquivos que estão abertos ao mesmo tempo. Assim, ele é responsável pela velocidade de funcionamento como um todo.
Os processadores são classificados por geração, com novos lançamentos a cada ano. Os mais novos, de 2021, estão na 11ª geração. O aumento de potência de uma para a outra é de 30%, em média.
Memória RAM: responsável pela leitura das ações para que telas e programas abram e fechem mais rápido. Ela não armazena conteúdo permanente. Funciona assim: quando alguém abre uma nova aba no navegador, por exemplo, ela pega um pequeno pedaço da memória RAM, assim essa ação ocorre de forma mais rápida da próxima vez que é executada.
HD: é como um disco vinil que lê informações e armazena dados. Ele costuma não ser suficiente para um funcionamento ágil, mas pode ser facilmente substituído por um SSD. Esta segunda opção tende a ser de oito a 12 vezes mais rápida, por possuir leitura a laser.
Bateria: armazena e fornece energia para o funcionamento da máquina. Quem vê a mobilidade como algo importante, deve ficar bastante atento à ela. Mais do que verificar as especificações do fabricante, Bruno Okamoto recomenda que os compradores procurem vídeos de reviews na internet para saber o que os usuários verificam na prática.
“A maior parte dos computadores fala que duram de oito a 12 horas, mas na verdade acaba sendo só três ou quatro. Então, você fica dependente do carregador”, diz o especialista.
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